domingo, 23 de fevereiro de 2014

VASCO SOFRE VIRADA DA CABOFRIENSE NA COLINA, FICA AMEAÇADO E VÊ RIVAL SUBIR

Em São Januário, anfitriões param três vezes na trave e passam a ter posição no G-4 sob risco na próxima rodada, quando time de Cabo Frio pode até chegar à ponta
Douglas tenta levar o Vasco ao ataque (Foto: Márcio Mercante/O Dia/Agência Estado) O Vasco poderia ter continuado sem grandes preocupações na zona de classificação do Campeonato Carioca com um mero empate em São Januário diante da Cabofriense. Mas não conseguiu. De virada, o time da Região dos Lagos venceu por 2 a 1, se firmou na terceira colocação e deixou para o rival a obrigação de vencer na próxima rodada, na quinta-feira, contra o Madureira em Conselheiro Galvão, já que Nova Iguaçu e Botafogo passaram a ameaçar o posto cruz-maltino no G-4. A Cabofriense, por sua vez, pegará o Fluminense em Macaé, na quarta-feira, em igualdade de pontos (22). Se vencer, assumirá a vice-liderança da competição - existe até uma remota chance de a equipe alcançar a primeira posição, hoje do Flamengo, que tem 25 pontos e uma vantagem de oito gols de saldo. O jogo teve cinco bolas na trave, sendo três dos anfitriões. Autor do gol do Vasco, Edmílson pediu mais atenção ao time. Lamentou os pontos perdidos em casa e afirmou que, para conseguir a classificação, o Vasco não pode errar tanto. - Não pode perder ponto. Não é tirar o mérito deles, é uma equipe muito boa, soube aproveitar os nossos erros. O campeonato é complicado, difícil, não podemos vacilar mais. (Erros) No passe, marcação, chances de gol que não fizemos, tudo... O coletivo. De trás para frente e de frente para trás. Faltam quatro ou cinco jogos, quem quer classificar não pode errar tanto assim. O técnico Adilson Batista teve dois problemas para a partida: o zagueiro Rodrigo, ainda com dores na coxa esquerda, resultado da pancada no clássico contra o Flamengo, foi substituído por Jomar. Na frente, Everton Costa, também lesionado, deu lugar a Montoya. No time da Região dos Lagos, a dúvida de Alexandre Barroso era o goleiro Jefferson, que se machucou contra o Bonsucesso. Luis Cetin foi confirmado em seu lugar - e teve boa atuação. O jogo começou truncado, com ambas as equipes procurando não dar espaço e dificultar a troca de passes. Logo aos dois minutos, o Vasco conseguiu furar o bloqueio e Douglas acertou a trave, após cruzamento de Diego Renan. Pouco depois, em contra-ataque, a zaga da Cabofriense impediu a conclusão da tabela entre Montoya e Edmílson, que sobraria livre na área. O Vasco parecia dominar as ações nos primeiros minutos, mas o troco veio com Fabrício Carvalho. Ele bateu para boa defesa de Martín Silva, que espalmou para a linha de fundo. Na sequência, após cobrança de escanteio, o mesmo atacante finalizou de cabeça, na trave, no lance de maior perigo até então. O Vasco teve nova boa oportunidade aos 15 minutos. Jomar, que substituiu Rodrigo, tentou de cabeça para grande defesa de Cetin. Na tentativa também de cabeça de Edmílson, o goleiro reserva da Cabofriense nada pôde fazer: 1 a 0. Mas não deu nem tempo de a torcida comemorar. Menos de dois minutos depois, Fabrício Carvalho ajeitou para Pará bater de fora da área com precisão e empatar a partida em São Januário. O Vasco teve nova grande chance com Fellipe Bastos, em cobrança de falta da intermediária, novamente parando na trave de Cetin. Aos 26, porém, as balizas não impediram a virada da Cabofriense. Em cochilo da zaga, Fabrício Carvalho recebeu livre na frente e completou em chute cruzado, sem chance para Martín Silva: 2 a 1. Fellipe Bastos e Edmílson ainda fizeram Cetin trabalhar e, nos minutos finais, o ritmo diminuiu. O lance mais polêmico da partida aconteceu aos 44 minutos: Fabrício Carvalho recebeu livre no ataque e foi derrubado por Jomar. Último homem antes do goleiro Martín Silva, o zagueiro recebeu somente o cartão amarelo. Vasco domina etapa final, mas não marca No intervalo, Adílson Batista trocou o volante Aranda pelo atacante William Barbio, tentando lançar o Vasco à frente. A Cabofriense voltou sem mudanças. Logo aos três minutos, o time da casa teve chance em belo passe de calcanhar de Douglas. Pará ficou imóvel e Diego Renan recebeu livre na esquerda. Cruzou rasteiro mas Edmílson não alcançou. Mais ofensivo, o Vasco trocava passes no ataque, mas criava pouco. A Cabofriense apostava em chutões e sobras para tentar surpreender. A chance do empate veio aos 11 minutos, com Montoya, que bateu para fora. O técnico do Vasco chamou então Bernardo no lugar de Douglas, cansado, mandando o time de vez ao ataque, já que no segundo tempo a Cabofriense pouco, ou nada, ameaçava. Em uma das poucas tentativas de contra-ataque dos rivais, Luan acabou recebendo cartão amarelo e está fora da partida contra o Madureira. Batista fez então a terceira alteração, sacando Montoya para a entrada de Thalles. Até os 30 minutos, apesar de um claro domínio do Vasco na etapa, foram poucas as chances, com a Cabofriense toda no campo de defesa se dedicando quase exclusivamente a impedir o empate. Aos 32, Luan, de cabeça, também mandou na trave. Foi a terceira bola vascaína que parou na baliza. Três minutos depois, a trave que antes prejudicou, ajudou. Martín Silva saiu muito mal para afastar e a bola chegou a Keninha. Por cobertura, ele mandou no travessão. Aos 40, falta perigosa para o Vasco na entrada da área, mas Bernardo bateu para fora. Cada vez mais fechada, a Cabofriense pouco atravessava a linha do meio de campo e conseguiu, dessa forma, manter o resultado.

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