sábado, 22 de fevereiro de 2014

Messi marca, mas defesa vacila, e Barcelona perde jogo e a liderança

Argentino e Neymar atuam durante os 90 minutos em derrota para o inspirado Real Sociedad no 'caldeirão' de Anoeta: 3 a 1. Real Madrid assume a ponta
Craque argentino lamenta a segunda derrota do Barça no Espanhol (Foto: AP) Não foi uma derrota qualquer. Envolvido e desastroso defensivamente, o Barcelona conheceu o seu segundo revés no Campeonato Espanhol. Não apenas isso: perdeu também a liderança para o arquirrival Real Madrid após a 25ª rodada. Méritos ao Real Sociedad, dono de atuação coletiva louvável e merecedor da vitória por 3 a 1, no Estádio Municipal de Anoeta, uma espécie de caldeirão para os catalães - onde não vencem desde 2007. Nem o clique de genialidade de Lionel Messi ajudou desta vez. O argentino chegou a marcar, igualou-se a Raúl na artilharia história do Espanhol (228 gols), mas viu a fragilidade de sua equipe prevalecer. Neymar , titular pela primeira vez desde que retornou de lesão, também estava em campo, mas pouco foi notado. Daniel Alves não saiu do banco de reservas. Foram o mexicano Vela e o francês Griezmann, na verdade, os responsáveis por uma noite memorável dos donos da casa. Sem esquecer das seguidas falhas de uma defesa comandada por Piqué e Bartra. Song (contra), o próprio Griezmann e Zurutuza anotaram para o Real Sociedad. A equipe do criticado Tata Martino, expulso no intervalo por reclamar com a arbitragem, seguiu com 60 pontos e está em segundo. O Real Madrid, que derrotou o Elche mais cedo, por 3 a 0, no Santiago Bernabéu, é o novo líder, com 63 pontos. No domingo, o Atlético de Madrid visitará o Osasuña e pode igualar-se aos merengues - ou até mesmo ultrapassá-los se vencer por cinco gols de diferença. O Real Sociedad, por sua vez, é o quinto, com 43, e ainda sonha com uma vaga na próxima edição da Liga dos Campeões. ANOETA É PEDREIRA Para o Barcelona, jogar em Anoeta significou, especialmente nos últimos anos, uma dificuldade acima da média. Sem vencer no estádio desde 2007 (soma agora três derrotas e três empates), o Barça enfrentaria os usuais problemas no primeiro tempo. Alguns até por conta própria, deflagrado no gol contra de Song, originado de um cruzamento venenoso de Canales. Além da bola aérea, a rotação do elenco se mostrou até certo ponto vilã. Dani Alves, Xavi e Sánchez ficaram no banco de reservas, enquanto Neymar pouco produziu - o brasileiro, titular pela primeira vez desde que retornou de lesão, foi marcado com bastante intensidade. Aos dez, chegou a mancar e ver Fàbregas aquecer no banco de reservas. Com Song e Busquets juntos no meio-campo, o Barça não conseguiu apresentar o antigo padrão de criatividade. A marcação do Real Sociedad era forte e concedeu apenas duas finalizações por parte dos visitantes. Messi só precisou de uma, aos 35 minutos do primeiro tempo, pouco depois de os mandantes abrirem o placar. MESSI 228 Num clique de genialidade, o argentino tabelou com Montoya, aproveitou-se do corta-luz de Busquets e colocou no cantinho de Claudio Bravo. Foi o seu 228º gol na liga espanhola, igualando-se desta forma a Raúl González na artilharia histórica. Apenas Telmo Zarra (251) e Hugo Sánchez (234) estão à frente. Em relação ao ídolo merengue, Messi precisou de 264 jogos para atingir tal marca, contra 550 de Raúl. Apesar do empate relâmpago, a sensação era de que o resultado agradava mais ao Barça. Sabe-se lá porque Tata Martino revoltou-se com a arbitragem e foi expulso no intervalo. Talvez só tenha adicionado mais um problema à lista de sua equipe, opaca, frágil na defesa e até mesmo previsível. DEFESA ENTREGA O OURO Tata Martino passou a acompanhar o jogo das tribunas. Ele preferiu não fazer nenhuma substituição na volta para o segundo tempo, decisão que se mostrou um tiro no próprio pé. O Barça voltou mal e sua defesa ainda pior. Aos nove, Bartra cortou mal, Vela cruzou e Griezmann apareceu livre na direita para concluir e fazer o segundo. Quatro minutos depois, foi Griezmann quem deu a assistência para Zurutuza, sozinho, ampliar. Piqué teve uma noite para ser esquecida. O zagueiro voltaria a falhar na etapa final, mas Vela não conseguiu aproveitar o passe açucarado de Xabi Prieto para transformar o placar em goleada. O chute colocado encontrou a trave direita de Valdés, que àquela altura só poderia cobrar de seus companheiros pela liderança perdida.

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