sábado, 22 de fevereiro de 2014

COM DOIS DE ALECSANDRO E LENÇOL DE LÉO MOURA, FLA DERROTA O RESENDE

Centroavante vira artilheiro isolado, e lateral faz jogada de craque em jogo histórico para si na vitória por 3 a 0, que põe o clube na liderança provisória
Três lances marcantes, três gols. Não foi preciso mais do que isso para o Flamengo derrotar o Resende na noite deste sábado, em Volta Redonda. Com dois de Alecsandro no primeiro tempo e um de Everton, após lance lindo de Léo Moura, que deu um lençol no adversário no dia em que completou 468 jogos pelo clube e entrou na história como o décimo atleta que mais vestiu a camisa do time. De quebra, o Rubro-Negro volta à liderança provisória do Campeonato Carioca, com 25 pontos, e põe pressão no Fluminense mais uma vez. No primeiro ato, o goleiro Mauro, que se destacava, falhou e entregou a bola para o atacante, agora isolado na artilharia da competição, com seis. Depois, um golaço de fora da área, algo raro na carreira do camisa 19. Por fim, em meio ao marasmo do resultado garantido, a consagração do lateral-direito de 36 anos, substituído no fim para ser aplaudido pelo torcedor. A equipe sul-fluminense vive um drama no outro extremo da tabela. Com oito pontos, soma apenas um triunfo e pode entrar na zona de rebaixamento a cinco rodadas do fim se Audax e Duque de Caxias vencerem seus compromissos neste domingo. O público pagante foi de 1786 pagantes (2792 presentes), para renda de R$ 53.285,00. O jogo começou truncado e bastante equilibrado em Volta Redonda. Sem conseguir manter a posse de bola, o Flamengo dava espaços ao Resende, que gostava da partida. A torcida chegou a vaiar o certo controle que o mandante impunha. Aos poucos, porém, o Rubro-Negro deixou a lentidão de lado, se ligou e começou a a criar chances. O goleiro Mauro se destacou duas vezes, mas, na terceira, largou a bola na cabeça de Alecsandro, aos 22 minutos: 1 a 0. As poucas oportunidades do time alvinegro no primeiro tempo saíram de bolas paradas. Em uma delas, um impedimento salvou o Flamengo. Em outra foi a vez de Felipe afastar com soco para a frente após toque para trás de Alecsandro. Mas o artilheiro do campeonato só queria saber mesmo de balançar a rede adversária e ampliou aos 34, em belo chute de fora da área. Ficou claro que o Resende sentiu o golpe. A defesa, já vulnerável, passou a bater cabeça. Todas as bolas que rondavam a sua área achavam um jogador livre. Mas a equipe de Jayme de Almeida preferiu cadenciar a partida e foi para o intervalo com a vantagem construída. Sem mudanças práticas, a etapa decisiva viu o clube sul-fluminense agredir mais, porém sem o ímpeto necessário para ameaçar. O Flamengo, por sua vez, se ressentia de mais agilidade de Mugni no toque de bola para ter seu trabalho facilitado. O duelo ficou cada vez morno, sem inspiração, mesmo com a participação ativa de Ailton na beira do gramado. O novo técnico do Resende mexeu no time, com Marcelo Regis, Bruno Gallo e Felipe Alves, sem sucesso. Aos 23, Alecsandro até chegou bem perto de pedir música no "Fantástico", mas parou em Mauro depois de arremate rasteiro de primeira sem muita força. Em seguida, no entanto, aquele torcedor que já bocejava no Raulino de Oliveira teve um motivo e tanto para levantar e soltar a voz, pois Léo Moura, que completava marca histórica, deu um lençol digno de craque, tocou para a área e Everton aproveitou para fazer 3 a 0. Festa da galera e reverência ao lateral. Com o resultado incontestável, os rubro-negros pediram Negueba mais de uma vez. A insistência convenceu Jayme, que o colocou na vaga de Elano. Mas o atacante pouco fez, já que sua equipe não tinha mais interesse em se esforçar. O Resende ensaiou descontar, chutou a gol duas vezes, mas fracassou em mais uma rodada. Já o Flamengo passeia contra os pequenos e ganha moral extra para sair do zero na Libertadores, na próxima quarta-feira.

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