sábado, 22 de fevereiro de 2014
PREMIADA POR OUSADIA, PONTE BUSCA A VIRADA E ENCERRA SÉRIE INVICTA DO CAP
César e Antônio Flávio, em jogadas pelo alto, viram o placar e colocam a Macaca bem no Grupo C. Penapolense perde sequência de cinco vitórias
Macaca faz partida sólida, enquanto CAP desperdiça oportunidade (Foto: Silas Reche/CA Penapolense)
A coragem fez a Ponte Preta alcançar um resultado que os últimos cinco adversários do Penapolense no Campeonato Paulista não conseguiram. No duelo entre os clubes que odeiam empatar, ambos tiveram a vantagem por um certo tempo. Melhor para a Macaca, que, sem se abalar por sofrer o gol logo no começo da partida, buscou a virada depois de mexidas ousadas do técnico Vadão. César e Antônio Flávio, ambos de cabeça, levaram a Alvinegra de Campinas à vitória por 2 a 1 neste sábado à tarde, no Estádio Tenente Carriço, em Penápolis, na abertura da décima rodada. O resultado deixa as duas equipes em pé de igualdade, mesmo em situações diferentes nos seus grupos.
Com seis vitórias e quatro empates, Penapolense e Ponte Preta somam 18 pontos e se diferenciam apenas pelo desempenho de ataque e defesa – neste quesito, melhor para o CAP, que tem 13 gols marcados e dez sofridos, contra 11 e 12, respectivamente, da Macaca. A situação na tabela, porém, é melhor para o clube de Penápolis, líder do Grupo A sem depender do resultado do São Paulo, segundo colocado, com 14. A equipe de Campinas, por sua vez, é vice-líder da chave C, atrás do Santos e com distância curta para o São Bernardo.
A vitória dá moral aos pontepretanos, que se superaram depois de um início muito irregular de temporada. Desde a chegada de Vadão, a Ponte alcançou as minimetas propostas pelo treinador e deixou as últimas posições para postular um lugar na próxima fase. O mesmo acontece com o Penapolense, que vinha de cinco triunfos consecutivos e perde o embalo.
A chance de se recuperar será somente no próximo fim de semana. Fora de casa, o Penapolense viaja até Ribeirão Preto para enfrentar o Botafogo no sábado, às 18h30, no Estádio Santa Cruz. Nos mesmos dia e horário, a Ponte Preta recebe o Oeste no Moisés Lucarelli e tenta consolidar a perseguição ao Santos.
Manda quem pode
O Penapolense foi, como de costume, suficientemente eficaz ao jogar em casa. Sem se importar com a nova formação do meio-campo da Ponte Preta, em que Ferrugem ganhou uma chance entre os volantes, o CAP exerceu a veia mandante ao abrir a contagem antes dos dez minutos. Guaru livrou-se do marcador, achou espaço nas costas de Diego Sacoman e deixou Douglas Tanque em condição facilitada. O atacante, sem trabalho, deu leve toque por cima de Roberto e marcou seu quarto gol no Paulistão.
A eficiência dos primeiros minutos deu lugar à imprecisão no restante da etapa inicial. À vontade no campo de ataque, a Ponte adotou um futebol mais solto. Ferrugem, em nova função, liderou as principais jogadas, que eram finalizadas pela esquerda. Magal, quase como um ponta, foi constantemente visto no ataque e teve duas chances de finalizar. Em uma parou na trave, na outra no goleiro Samuel Pires.
Ferrugem, destaque da Macaca até aqui, ainda levou perigo em chute de longe, da mesma forma que Alexandro, que ficou perto do gol duas vezes, em finalização cruzada ou chute forte à meia altura. Com destaque para os goleiros, o primeiro tempo acabou com a vitória parcial dos mandantes, que foram ao intervalo com vantagem ainda maior na liderança do Grupo A do Paulista.
Não obedece quem quiser
As substituições após o intervalo mostraram o que os times vieram buscar na segunda etapa. Se Narciso foi obrigado a tirar Tanque e apostar na juventude inconstante de Rafael Ratão, que pela primeira vez enfrentava o ex-clube, Vadão foi ousado. Tirou o lateral Júnio para colocar o experiente Bida no meio-campo, trocou a cadência de Bruno Silva pela volúpia de Alef e aumentou a rapidez dos ataques, ao trocar Adrianinho por Antônio Flávio.
A ousadia do professor pontepretano foi recompensada. Em pouco mais de 20 minutos, a Macaca aproveitou desatenções do Penapolense e virou a partida em lances aéreos. Primeiro, César virou centroavante ao desviar cruzamento de Fernando Bob de cabeça. Na sequência, Antônio Flávio surgiu na área para completar passe de Ademir e inverter a dianteira do placar.
A facilidade em mudar a história da partida mostrou à Ponte que era possível manter o resultado sem tanta dificuldade. Guaru até assustou em cobrança de falta, mas foi o máximo que o CAP conseguiu fazer em casa, para irritação da torcida. A defesa alvinegra, bem postada, impediu qualquer tentativa de finalização dos donos da casa, que viram a sequência invicta escapar pelos dedos diante da torcida. Sorte e mérito da Macaca, que soube controlar o jogo como quis.
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