sábado, 27 de setembro de 2014

MINISTÉRIO PÚBLICO APURA FECHAMENTO DE MATERNIDADE DE PARTOS NORMAIS EM LAURO DE FREITAS






Inauguração do CPN de Lauro de Freitas reúne dezenas de pessoas em outubro de 2012; Dois anos depois, mato toma conta da entrada da antiga maternidade no bairro do Caji (Fotos:Manu Dias/GovBa / Alexandre Lyrio / Divulgação)


O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que vai cobrar explicações à Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) e à Prefeitura de Lauro de Freitas sobre o fechamento da Casa de Parto Normal (CPN) do município, que funcionou por apenas um ano. 

A assessoria de comunicação do MP–BA informou que a promotora Nazira Quixadá irá enviar ofício cobrando explicações ao governo do estado, que investiu R$ 340 mil na estrutura, e da prefeitura de Lauro de Freitas, parceira do projeto junto com o governo federal. O prazo para que ambos se pronunciem é de sete dias.


Inaugurado em outubro de 2012 como uma parceria entre governo do estado, prefeitura de Lauro de Freitas e governo federal, o CPN fechou, de forma prematura, um ano depois, em novembro de 2013. Até hoje, é pago o aluguel mensal de R$ 25 mil pelo espaço. Inicialmente, a justificativa era de que uma reforma seria feita no local, onde eram realizados partos normais humanizados de acordo com o modelo da Rede Cegonha. Nunca mais abriu.

A superintendente de Atenção Integral à Saúde da Sesab, Gisélia Santana, afirmou que a unidade fechou porque os contratos dos funcionários venceram. Segundo ela, não houve renovação porque o Conselho de Políticas de Recursos Humanos (Cope) não aprovou novas contratações por falta de recursos. 

Nem mesmo contratos especiais, os chamados Redas, poderiam ocorrer. Acontece que o próprio Cope informou que nunca emitiu negativas para contratações da saúde naquele período. Procurada novamente, ontem, a assessoria da Sesab disse que, em vez do Cope, a recomendação na verdade partiu da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que teria emitido parecer contrário às contratações.

A PGE disse que confirmaria hoje se o parecer de fato existiu. Enquanto isso, a prefeitura de Lauro de Freitas reiterou que não tem qualquer responsabilidade com a administração da unidade. Já o Ministério da Saúde argumentou que, apesar do modelo federal, a gestão dos CPNs é local. 

Fonte: Correios da Bahia

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