quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Kleina define jogo no Rio como "épico", fala de arbitragem e projeta clássico


"Fizemos o resultado fora de casa no momento certo", afirmou o técnico do Bahia, de olho no clássico. "A equipe que vai entrar dará a vida"
Da Redação
18/09/2014 13:54:00Atualizado em 18/09/2014 13:57:23




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A virada tricolor para cima do Botafogo deixou o técnico Gilson Kleina satisfeito com a mudança de postura da equipe do Bahia. Apesar das expulsões de dois jogadores botafoguenses, o treinador elogiou a tranquilidade dos jogadores para conquista da vitória fora de casa, por 3x2. Em sua análise na entrevista coletiva, Kleina destacou a entrada de atletas que estavam no banco, como Branquinho e Maxi Biancucchi, além de elogiar a força do elenco. Pensando no clássico Ba-Vi de domingo (21), na Arena Fonte Nova, às 16h, o treinador espera contar com o apoio do torcedor.



Abaixo, veja tudo o que foi dito por Kleina após o triunfo:



Jogo épico e arbitragem
"Um jogo épico. Porque tudo o que aconteceu durante esse jogo, nós que fizemos no primeiro tempo um jogo muito abaixo daquilo que estávamos esperando. Tomamos dois gols de uma movimentação do Botafogo. Estou tentando me informar se vai ser uma coisa sumária, uma coisa definida, bola na mão é pênalti. Para mim a bola estava no corpo do Railan. Se está todo mundo usando esse critério, então eu tenho que ficar quieto e obedecer o critério. E depois a equipe buscou. Falando do lado da arbitragem, achei que as duas expulsões foram justas. Uelliton tomou uma cotovelada e depois de uma entrada está com uma marca na perna. Com dois homens a mais a equipe foi competente, os jogadores começaram a entrar em um nervosismo desnecessário, nós tínhamos tempo, aí tentamos conversar aqui na beira do gramado para trabalhar essa bola. A jogada mais importante era pela beirada, haja vista que o Maxi começou a trazer para dentro, o Guilherme começou a fazer a ultrapassagem, a jogada aguda ficou muito mais pelo lado. Tanto que fizemos o terceiro gol, que me disseram que estava em condições, fomos buscar com mais tranquilidade. A gente optou por colocar a equipe toda na frente. Até optei por dois jogadores que têm uma finalização de média distância muito boa, que são Marcos Aurélio e Branquinho. Então, está de parabéns. Os jogadores foram buscar um resultado difícil, para uma equipe que vinha de três resultados ruins e ia entrar aqui para competir. Então, a gente fica feliz de voltar para Salvador com uma vitória boa. Eram 12 jogos que estávamos na zona de rebaixamento. A gente volta muito alegre e agora, claro, pensar nesse campeonato à parte que é o clássico".



Triunfo da paciência
"Foi da paciência quando conseguimos entender que nós tínhamos a superioridade numérica. Nós tínhamos a preocupação porque tínhamos o Guilherme com amarelo, para ter atenção e não perder jogadores. Ao mesmo tempo que sabia que não podia abrir mão de um lateral porque a jogada pelo lado era importantíssima. Aí foi abrindo mão. A gente começou com três volantes e terminamos com um só. Mantivemos a proposta do jogo contra o Figueirense, mas não rendemos bem no primeiro tempo. Acho que nossa equipe marcou de longe, deixou a equipe do Botafogo gostar do jogo. Aí depois não. Se adonou no jogo, acho que voltou com outro espírito, com outra atitude, colocou a bola no chão, colocamos jogadores com um pouco mais de penetração para enfiar essa bola. Buscamos a todo momento liberar o Railan e o Guilherme para ter essa jogada. A equipe foi merecedora porque teve competência de virar um jogo, que às vezes você tem condição de ter superioridade numérica e não sabe aproveitar isso. Então os jogadores foram inteligentes e fico feliz que a gente conseguiu ter o resultado positivo. Fizemos o resultado fora de casa no momento certo".
Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia
Uelliton, Branquinho e Maxi Biancucchi"Hoje praticamente os que resolveram foram os jogadores que entraram. O Branquinho, o Maxi fez uma partida que dificultou para o marcador dele, fez uma passagem forte pelo lado forte. A volta do Marcos Aurélio. Uelliton, mantive ele depois do jogo que ele fez contra o Figueirense lá em Feira de Santana. Conversamos com ele, mas conversamos com o grupo. Hoje nós tivemos que usar os 14 jogadores e o elenco começou a se comprometer, entendendo que quem deu a vitória foi quem saiu do banco, mas está todo mundo inserido neste contexto. Não é preterir ninguém. Ah, tirou Titi do time, tirou Fahel. Nós estamos dando preferência para aquele jogador que está em um melhor momento. O melhor momento passa pelo Uelliton, acho que ele tem uma qualidade muito grande na saída de bola, precisamos administrar algumas situações, que às vezes quando você joga com dois volantes ou dois meias pode sobrecarregar um pouco ele, ele é um jogador que estava muito tempo sem jogar. Conversamos com ele, atenção na sequência, atenção na recuperação. Agora, a gente vai precisar de todos. Hoje, o Branquinho entrou muito bem, o Maxi entrou muito bem, o Marcos Aurélio entrou muito bem... Amanha ou depois vamos ter que contar com Fahel, com Titi, com William Barbio, com Henrique... Todo esse grupo que está comprometido, que comprou a ideia, está assimilando, e é isso que é legal. Tem que ser assim porque a gente começa a resgatar a autoestima do torcedor e a gente fica feliz que hoje a gente deixou a torcida feliz".
Evolução do time"Acho que a gente está evoluindo. Quando a gente começa a evoluir, começam a aparecer os resultados. Acho que o melhor momento é saber extrair o que é melhor desses jogadores. Então estamos tentando posicionar esses jogadores da melhor forma possível para que a gente possa ter a qualidade deles com a bola no pé e ver de que maneira que a gente pode preencher os espaços quando a gente perde a bola. Acho que é isso que eles estão entendendo, é isso que a gente está tentando fazer no trabalho. A gente faz um estudo a cada jogo. Agora é poder ver de que forma a gente vai poder formar. A equipe que vai entrar dará a vida".
Falhas defensivas no 1º tempo"Acho que tudo é uma somatória para estourar nossa defesa. Nós perdemos muita bola no meio-campo hoje, sendo que quando eles pegavam a bola ficavam com uns quatro atacantes, porque o Ramírez encostava com o Zeballos, o Emerson não tinha posição fixa e ainda tinha o Julio Cesar, que aparecia pela esquerda. Nós perdíamos a bola, a gente dava o bote errado. O adversário passou uma superioridade na linha de passe dentro do nosso campo. Isso nos atrapalhou muito. Concordo que tem setores do campo que você tem que ser mais ousado, em outros lugares mais responsável. Acho que a leitura é que estávamos perdendo muito a segunda bola para uma equipe que estava avançada na marcação. Tivemos muita dificuldade. Corrigimos isso. Quando voltamos no segundo tempo, colocamos essa bola no chão. Tiramos o ímpeto da equipe do Botafogo, principalmente a transição e a equipe começou melhor. Não é que o time melhorou depois das expulsões, já começou melhor. Acho que depois das expulsões a equipe foi inteligente para saber usar a superioridade numérica".
Clássico Ba-Vi"A gente quer sempre fazer a maior pontuação. Temos que viver esse clássico, que é um campeonato à parte. O estado para para isso. Temos que saber aproveitar o momento. As duas equipes chegam para esse clássico com resultado positivo. É claro que ao mesmo tempo que a gente faz o apelo para o nosso torcedor, que também seja o clássico da paz, da tranquilidade. Vamos enaltecer o espetáculo, o futebol e é o que a gente vai pregar aqui. A gente vai entrar para jogar futebol e fazer de tudo deixar o nosso patrimônio feliz, que é o nosso torcedor".
Railan e Rômulo
"O Railan está em uma crescente, pegando confiança. Quando cheguei aqui ele era o quatro lateral e hoje passou na frente. O critério que a gente utiliza é saber que ele está em melhor momento. A gente respeita, utilizei o Diego Macedo, utilizei o Roniery, ainda não tive oportunidade de dar chance ao Galhardo, mas hoje o Railan está fazendo partidas espetaculares, está marcando e jogando. Está com muita confiança, esse garoto tem uma transição de ida e volta que faz o tempo todo no jogo, e isso é importante no futebol de hoje. Agora, a gente está bem servido nessa situação. Em relação ao garoto, nós fizemos alguns treinos táticos e alguns jogos-treinos, que me chama a atenção que ele tem uma característica que está faltando na nossa equipe. O Rômulo é um jogador cadenciado, que pode articular, pode armar bem essa equipe, enfia bem a bola. Fizemos jogos, tivemos reunião, o Charles conhece ele. Puxei o Rômulo para ele se adaptar. Daqui a pouco ele vai ter oportunidade e espero que ele vá bem. A responsabilidade é minha, não quero transferir responsabilidade. O torcedor vai apoiar, é a alma do clube".
Reportagem iBahia

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